Hoje a saudade perturba, nunca imaginei que sentiria tanta falta de alguém, na verdade de "alguéns", duas pessoazinhas, meus filhos. O HOMEM e a MULHER da minha vida! Vladimir e Maria Elisa, mamãe ama vocês!!!Apesar da distância...amoamoamoamoamo...meus pipinhos....
Estou na fossa total, morta com batatas de saudade.
Pior que nem tenho notícias de Elisa...dói, dói, dói...
Bem não tenho tempo para lamento, acabei de terminar dois trabalhos de Teoria do Conhecimento, Concepções Platônica e Aristotélica do Conhecimento, ficaram ótimos (espero que a prof. ache o mesmo).
Já era para eu estar há horas na Universidade, ou pelo menos a caminho, para pegar a 2ª aula, ah mas estou cansada, com pouca grana e tenho que comer, essa história de viver de lanches não dá sustento, para isso preciso cozinhar. Ainda há um resquício de dona de casa em mim, gosto de cozinhar, principalmente nessa cozinha grande de onde estou morando, o MENU será Carne Assada,batatas..e mais qualquer coisa ...
Minhas coisas ainda estão nas caixas, espalhadas, misturadas, ainda nem tive coragem de arrumá-las, além de não ter onde guardá-las, mexer nas minhas caixas mexem com uma parte de mim que quero esquecer, principalmente quando sinto falta de algo que da caixa foi tirado..aí viro fera, passo mal...
Mas pelo sacro motivo de meus trabalhos, tive que tomar coragem e começar a organizar a papelada, que estava toda misturada (avacalharam), e aí achei, numa propaganda de um Bar, São Nunca, de Icaraí, Niterói, um escrito meu! Não está datado, mas me lembro do dia, eu estava grávida do Vladimir ainda, foi em 2008...
Eu acho que não devia estar num bom momento.....
está tudo aparentemente
controlado
mas na intimidade se abre o outro lado
inércia estúpida que sufoca
idéia absurda de derrota
compressão de estímulos
cadê, onde?
um grito
um sussurro
num canto escuro
camisa de forças
túnel sem saída
poço sem fundo
força desmedida
loucura destemida
situação: chão
palavra: grito
o sono conduz à fuga
dessa prisão particular
