segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O meu Não Natal Feliz!

 Como é bom fazer as escolhas e assumir. Dá uma incrível sensação de liberdade, a qual nunca tive, uma leveza, chego a me emocionar.
Esse ano não comemorei natal, não foi por revolta, não foi por falta de grana, não foi por nada, foi simplesmente por que não quis. Claro que eu e meu companheiro entramos em consenso, mas foi feito, ou melhor não foi feito, e estou muito leve com isso. Acho que nunca tive um natal tão bom.
A comemoração do natal sempre me trouxe uma sensação estranha, de vazio, de desconexão, de melancolia, o que é dito não encaixa no que é feito, época de hipocrisia. Apesar de ter sido criada naquele modo da maioria dos brasileiros católicos: batiza por que tem que batizar, depois só volta a igreja pra fazer 1ª comunhão e depois nunca mais volta. Nunca pude me considerar cristã, até por que durante toda minha infância meu pai foi Ateu ( mas referia a si mesmo como católico não praticante, pra evitar fadiga) e minha mãe sem religião, assumida. Devido a isso nunca entendi direito o verdadeiro significado e nunca acreditei nesse lance de Papai Noel, e sempre me frustrei, pois nunca ganhei nada que havia pedido a esse cara, como ensinavam na TV. E também me frustrava porque era sempre chato, só era legal quando iriamos para a casa de parentes, mais pela fuzarca do que pelo significado de natal em si e com o tempo até na casa de parentes deixamos de ir.
Aí restou aquela situação de "tem que" comemorar,  "tem que" dar presente, "tem que" montar arvore por causa das crianças,  "tem que" ter muita comida,  "tem que" ter roupa nova... Mas por que tem que ter isso, por que fazer?
Hoje em dia não faço nada por obrigação, faço o que tiver que fazer se houver motivos plausíveis, senão não faço e pronto!
E as crianças? Explicamos a minha filha o por que decidimos não comemorar e ela aceitou numa boa, sem presente, sem ceia, sem arvore e sem traumas. Fui muito mais honesta comigo e com ela não fazendo nada disso, do que se fizéssemos simplesmente por que todo mundo faz, por questão de status.
E sem contar a linha ideológica que tento seguir, mas isso deixa para depois...

Eu estou satisfeita com minha escolha, estou leve e feliz, por ter sido franca e me assumir. Simples, a vida é muito simples, nós que inventamos um monte de coisas para complicá-la.

E que fique claro, não odeio o natal, apenas não gosto, e respeito quem gosta e comemora é uma questão de escolha, e cada um é livre para escolher o que é melhor para si.