quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Em busca da deusa perdida...curando a deusa ferida

Hoje pela manhã recebi informações sobre um workshop da Amigas do Parto: "Resgatando a deusa Ferida", o tema muito me interessa, foi de onde tirei o vídeo da postagem.
Refleti, o vídeo me tocou, além de amar mitologia, tenho seguido nessa busca.
Para suportar ser Humana, demasiadamente Humana, é preciso buscar a deusa-mulher-mamífera que há em nós, não há como separar, essa é nossa essência. Os arquétipos das deusas gregas, não são nada além das faces inatas de toda mulher, que com a construção da nossa sociedade misógino-patriarcal, temendo o poder do feminino, vem ao longo dos séculos, quebrando essa essência, para romper essa ligação do feminino com o todo.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

E lá vem, mais um dia...

Hoje já está sendo um dia "daqueles", ainda é terça, mas tento convencer meu corpo que ainda não é sexta, de tamanho cansaço, ontem foi um dia tranquilo, apesar de embolado. Para cumprir as simples tarefas cotidianas preciso que a turminha toda vá dormir, o Vlad é como um relógio não passa de 21h, a Elisa enrola, enrola, mas acaba indo também por volta de 21h, agora o Tales, esse varia, estava dormindo antes de 23h, uma vidraça num filme quebrou ,aí acordou, e só iniciei aquele "tapa" na casa às 00h48, se me deito antes de ajeitar as coisas, já era o dia seguinte. Por isso, me atrasei, daí embolou, choradeira, sono, nebulização, mamá, café, roupa, teimosia, pai acorda, todo mundo de mal humor!Os primeiros minutos do dia foram inundados de um terrível Caos!

Quando volto das escolas das crianças caminhando, refletindo, chego em casa o bebê e o papai dormindo, sinto uma Paz tão grande! Como gosto do silêncio! Ontem comentava com meu marido, que sinto falta de andar na rua à noite, como quando eu voltava da faculdade, como era bom e eu nem percebia!
 Não tenho medo da noite, pelo contrário ela me fascina! Na noite me sinto livre, meu espírito se liberta! Amo ver as estrelas, amo o silêncio da madrugada, onde avenidas movimentadas durante o dia, viram nada mais que desertos urbanizados, por isso gosto de sentar na varanda e ficar olhando o vazio da rua e ouvindo o silêncio da noite tão contrastante de quando é dia, é quando tiro uns minutos para reflexão, senão enlouqueço de vez.
Depois volto à rotina, que apesar das dores e delícias, tem valido à pena, é daí que tiro ânimo, tenho conseguido fazer valer à pena, e só de pensar que essa fase caótica passará, mas junto com ela também momentos maravilhosos em que tenho descoberto a mim e o Mundo junto com as minhas crianças, já sinto Saudades (soluço e lágrimas nos olhos quando escrevi essa frase).
Estou seguindo o conselho que minha mãe me deu: "Curta seus filhos, não faça como eu, vocês cresceram e eu nem vi."

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Alvorecer de mais um Setênio

Esse Blog existe há um tempo, e quase nunca posto, tantas coisas aconteceram , boas e más, e poucas delas registrei aqui. Muitas vezes quis escrever cheguei a abrir e não consegui, muita informação a querer compartilhar e nenhuma linha a se seguir, minha mente estava bagunçada, assim como minha vida, meus desejos e aspirações. Criei este Blog assim que engravidei do meu segundo filho, na idéia de compartilhar esse processo e tal, como quase todos os meus projetos na vida até então, falhou, e esporadicamente postei algo desde que o criei.
Tenho estado num processo de transformação, que iniciou há 2 anos. Precisei extrair da escuridão o caminho que me pudesse levar à Luz. Tanto desejo de segurar as rédeas da minha vida, mas nenhuma ação me levaram à inércia total. De que adianta acreditar, querer e não agir? Por que culpava os outros pela minha infelicidade e simultaneamente colocava nas mãos de outros a responsabilidade por me fazer feliz?
Quando o cinza se transformou em preto e a escuridão era total, que tentava acordar, mas não conseguia, tentava me levantar mas era muito peso, já se manifestava na minha saúde tal situação. Esse peso, a consequência de delegar à outros minha vida. Ainda sonolenta, não me achava, não sabia quem mais eu era, não me reconhecia, havia me transformado em ninguém, ou em mais um, que me deixava levar. O mais grave disso tudo é que eu já tinha tanto conhecimento teórico,das grandes questões da humanidade, da sociedade, da vida, havia estudado tudo quanto é religião, teoria, ciência, filosofia...mas era um conhecimento espectador, na prática era nulo. Buscava no exterior respostas para questões interiores...como fui tola!
Com toda minha força há 2 anos gritei para dentro de mim: -NÃO QUERO MAIS VIVER ASSIM!
E, como toda revolução, houve guerra, batalhas, dor, fome, traição, medo e provas. Tenho passado por um verdadeiro Walkabout. Nessa guerra estava: "O Eu que fizeram" versus "O Eu que eu Sou". Sendo que "O Eu que fizeram", nasceu com minha permissão, ou omissão, pois só fazem conosco o que permitimos e a omissão também é uma permissão.
Ultimamente vinha me percebendo no término de um ciclo antigo e no alvorecer de um novo ciclo. Tenho estado mais segura decidir meus caminhos, sei em que acredito, sei do que gosto ou não gosto, aceito minha realidade com clareza, e estou buscando forças para ir além. Devido ao retorno a mim, voltei a muitas coisas que já havia estudado e curiosamente as coisas tem se encaixado. Enxergo tudo com mais clareza!
Conversando online com uma amiga esses dias, cheguei à uma conclusão:" Nosso crescimento se dá, quando buscamos o autoconhecimento e é como na Alegoria da Caverna de Platão, só que de fora pra dentro, estamos dentro da caverna e o exterior da caverna, onde está a luz é no nosso interior". E hoje, li uma mensagem que recebi de uma outra amiga há dois meses, não sei porque não havia lido antes, mas como os acontecimentos na minha vida tem sido cheios de significado acho que o momento era esse e não há dois meses, esse trecho me identifico muito, posso fazer dessas palavras minhas:
"É bom quando a gente encontra "águias" em nossas vidas e se cerca delas. Encontrei algumas que, mais do que me estimularem a olhar para o alto, me ajudaram a olhar prá dentro. Acho que o vôo mais alto que dei em minha vida foi começar a olhar prá dentro. "Consultei minhas entranhas". Mapeei minha geografia. Cheia de medo mas sem concessões. Assustada, vi minha cara mais feia. Reconheci pedaços de gente aqui dentro. Pedaços de puro sol. Pedaços de lodo, com data de validade vencida. E pedaços perdidos de tempo. Pedaços ainda vibrantes de energia. E pedaços sem sentido. E enfim comecei a descobrir, "minha cara mais minha".Não acho que possa prognosticar meu futuro. Mas plantei sementes e me sinto grávida de vida, cheia de raízes e vasos comunicantes que dão sentido e intensidade aos meus desejos.
E com isso eu foi concluindo que realmente a gente precisa das duas dimensões. De um tanto de águia, de olhar além, no horizonte, entre ousadias e sonhos que nos movem. E outro tanto de raízes, no círculo da convivência, entre referências que nos guiam e ajudam a dar sentido aos sonhos. No diálogo entre estes dois lados talvez esteja a chave da libertação. "

Esse ano terminou um setênio, que se iniciou quando concebi minha filha e me casei, e agora inicia meu novo setênio,não sou mais aquela, mudei muito e para melhor!